domingo, 12 de abril de 2015

LIMITE, ESCOLA E FAMÍLIA

Assim como gosto de falar, gosto de escrever, gosto de como as palavras se encaixam e promovem o entendimento. Fazendo uma busca nas minhas coisas, achei este texto que fiz para um trabalho sobre Limites e achei justo compartilhá-lo para que cumprisse sua tarefa de comunicação. Afinal, texto guardado numa gaveta não forma opinião.


Limite é uma palavra que compreende diversos significados e aplicações. De acordo com o Michaelis, limite é 
"1 Linha ou ponto divisório entre determinada extensão superficial ou terreno e o espaço superficial ou terreno adjacente; linha de demarcação. 2 Ponto ou linha terminal além dos quais cessa a continuidade. 3Fronteira natural que separa um país de outro. 4 Marco. 5 Extremo, fim, termo.Mat Grandeza constante, de que uma variável se pode aproximar indefinidamente, sem atingi-la jamais. 7 Alcance máximo ou mais distante de um esforço. 8 Ponto máximo que qualquer coisa não pode ou não deve ultrapassar: Limite dos preços, de um prazo. L. de alta ou de baixa, Econ polít: valor estipulado diariamente pelas Bolsas de Valores como limites de preço para negociação de uma ação" (MICHAELIS, 2009)¹
Nos remete a pensar sobre os limites da nossa cidade, com quais municípios faz vizinhança, em como é marcado este limite. E mais, qual o limite de crédito do banco? Quais são as palavras que impedem uma ação? Como o não é compreendido? Como é ensinado o limite para as crianças? Quem ensina o que é certo ou errado, possui propriedade para tal? Quem diz o que é certo e errado? Normal e anormal? Como saber se um comportamento está dentro da normalidade? Quais os recursos que utilizamos para construir nossos próprios limites, principalmente quando as campanhas publicitárias convidam ao consumo pela realização dos sonhos mais íntimos.

Talvez a maior dificuldade referente aos limites está na forma como nos relacionamos com as pessoas, com objetos, com a organização do tempo e do espaço, atribuindo aos outros a responsabilidade dos nosso atos. Com frequência, vemos pessoas estressadas no trânsito, tentando impor sua pressa como medida para o fluxo de carros, provocando acidentes, xingamentos, brigas, etc.

As relações familiares merecem atenção especial, onde a falta de limite vira piada recorrente sobre o cunhado, da sogra, do moleque, onde não se sabe onde, nem como intervir para que permitir a convivência amigável. O segredo talvez esteja na certeza de que não se vive sozinho e algumas noções básicas devem ser transmitidas pela família (leia-se o pai e a mãe, e na falta desses, o cuidador ou cuidadora legal), justamente onde tem-se presenciado, através das redes sociais, os maiores problemas, onde a falta de conhecimento ou o cansaço das relações, estabelecem novos critérios para os limites entre o aceitável e o viável. 

Dentro deste contexto familiar, está a criança que vive e convive com as angústias dos pais. A falta de comunicação entre eles nos leva à sala de aula, onde novas fronteiras são estabelecidas, onde a escola, na figura de seus mestres, tenta mostrar novas formas de negociação de conflitos, mostrando que o diálogo é uma alternativa saudável para resolver desavenças sem agressão física. 

Toda essa conversa é para falar em como a criança reproduz nos seus relacionamentos aquilo que vivencia, tornando a tarefa da escola mais difícil. A família quando se isenta de transmitir certos limites e valores básicos de convivência, dificulta o processo de aprendizagem dentro e fora da escola. A maioria das desavenças escolares está relacionada à falta de limites, aos valores que as famílias atribuem às coisas, aos relacionamentos,a forma como resolve os problemas do cotidiano. Se um membro da família agredi verbalmente uma criança para se fazer impor, é essa linguagem que a criança conhece, o mesmo vale para a agressão física, ao descaso às tarefas escolares, a pontualidade e frequência. Se a família enxerga a escola como algo passageiro e descartável, como fazer com que o aluno tenha outra visão do lugar onde vai para estudar e aprender? A responsabilidade da família precisa ser discutida, sem isentar a escola de suas próprias competências. 
30/09/2009

¹ Definição de Limite de acordo com o dicionário Michaelis, disponível em http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=limite


domingo, 9 de novembro de 2014

Convite para a I MOSTRA MUNICIPAL DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM O USO DA TECNOLOGIA

O blog dos meus alunos de 7º ano está quase pronto, estamos constantemente fazendo alterações e novas postagens. Lá ele publicaram os textos produzidos em aula para a Olimpíada de Língua Portuguesa. Nossa participação não foi primorosa mas rendeu bastante trabalho, debates e aprendizagem, isso sim me deixa satisfeita, ver meus alunos mobilizados e responsáveis pelo que aprendem. O convite é que visitem nosso blog contospontoseoutraslinhas.blogspot.com.br  e acompanhem este trabalho. Nós estamos arrumando, também, uma versão impressa. 

O resultado de tudo isso será apresentado esta semana na 1ª MOSTRA MUNICIPAL DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COM O USO DA TECNOLOGIA, na EMEF Rio de Janeiro. 

Mostra
12 de novembro das 13h30 às 16h30
EMEF Rio de Janeiro - Rua vereador Antônio Ferreira Alves, 900 - Mathias Velho
Público Alvo: Alunos, Professores e Equipes da Rede Municipal de Canoas

sábado, 12 de julho de 2014

Memórias da escola

Meu pai me dizia "Escreve, Angelica, o que eu te conto, um dia tu também vai esquecer", com isso nascia a minha vontade de aprender a escrever, de registrar fatos e memórias. A leitura havia surgido na minha vida muito tempo antes, lembro do desejo em saber o que estava escrito numa revista do Mickey, lembro de inventar minhas próprias histórias a partir das figuras. Depois, lembro de estar sobre a cama dos meus pais e maravilhada, entendia o que estava escrito. A leitura foi meu primeiro grande evento, depois veio a escrita.

Sinceramente, eu escrevia muito mal, não levava o menor jeito, não entendia as regras da nossa língua, trocava (e troco) letras, por isso, já adolescente fui para a faculdade de Letras, pelo desejo de escrever.

Aprendi por desejo e necessidade. Talvez tudo isso tenha eu ter percebido que não posso ensinar o que não entendo. Surgiu então o desejo de registrar outras histórias como as que acontecem na escola. Minha trajetória como professora é recheada por cadernos de produção textual, saraus poéticos, portfólios... Em 2009, esses registros ganharam um formato virtual, angelsonnes.wikispaces.com. Posso dizer que dá trabalho, mas é bom rever esses textos.

Agora continuo com minha busca por memórias, porém dos meus ex-alunos, num projeto que começou no início do ano chamado Textos e Hipertextos com a parceria do 6B, 7A e 7B. Convido a todos a participar respondendo poucas perguntas:
*nome e época que estudou na escola:
* uma história que vc lembra dessa época:
* o que faz atualmente:
Suas respostas ajudaram nossos atuais alunos a produzir seus próprios textos para participar da Olimpíada de Língua Portuguesa.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

A HISTÓRIA DE CADA UM




Conhecer a própria história é o desafio que os alunos do 6º e 7º ano da EMEF ARTHUR PEREIRA DE VARGAS estão se propondo ao participar da 4ª edição a OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA. A busca por registros e memórias que auxiliem na construção de sua própria identidade é uma das etapas para a futura produção textual. 


Não se pode escrever o que não se conhece, por isso começamos com as pesquisas sobre o lugar onde moramos, Canoas, tanto pela história de sua constituição como cidade até as notícias que revelam suas virtudes, defeitos, perspectivas, ambições...


Nessa descoberta pessoal, a postura investigativa e o brincar de ser repórter são possibilidades que permitem a composição dessa imagem da história. O resultado maior não é o prêmio que a Olimpíada oferece, mas o registro escrito de histórias e memórias que fazem parte do todo e de cada um.


Narradores de Javé - relato de como a fictícia cidade de Javé deixo de existir por não possuir registro de sua história
https://www.youtube.com/watch?v=Trm-CyihYs8

Olimpíada de Língua Portuguesa
https://www.escrevendoofuturo.org.br/index.php

História de Canoas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Canoas
http://www.canoas.rs.gov.br/site/home/pagina/id/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Canoas
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/riograndedosul/canoas.pdf

terça-feira, 15 de abril de 2014

Sugestão se site

Gostei muito deste site, vale a pena olhar com atenção e descobrir inúmeras sugestões de leituras, testes, guias de educação e jogos.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Sensibilidade

Não falo apenas por mim
falo por aqueles que me antecederam
que semearam ideias, ideais e sonhos
que fizeram com que eu buscasse sempre o melhor de mim mesma.

Falo por aqueles que a voz cala
voz dos angustiados, ansiosos por dias melhores
Falo, também, por aqueles que muito falam e nada fazem

ou por aqueles que fazem muito nem nada refletir

Há chegado o tempo da mudança
Tempo das colheitas
Há de se preparar o solo
buscar novas sementes

Sementes de flores 
com cheiro de esperança
com cores de alegria
variadas, flexíveis

Há de brotar a sensibilidade
que acalenta como colo de mãe
que encanta como sonho de criança
que semeia novos olhares!!!

Angelica de Souza
19/07/2013